Às vezes eu odeio ter uma boa memória. Tipo agora... marquei um fonoaudiólogo pra ver minhas cordas vocais e o consultório dele fica na General Vitorino, quase na praça Dom Feliciano. E daí que eu nem fui lá ainda (porque a consulta é amanhã) mas, ao olhar o endereço no mapa, um turbilhão de lembanças inundou minha cabeça.
Eu sempre gostei do Centro. Mas teve uma época da minha vida (há uns 10 ou 12 anos atrás) que eu gostei mais - o Centro significava mais pra mim. Hoje eu continuo gostando dele, mas a maior parte é nostalgia da minha adolescência.
O Centro foi meu lugar preferido dos 14 aos 17 anos. Foi lá na Andradas que eu fiz o curso do HDR e conheci amigos ótimos... é, naquele museu caindo aos pedaços, do lado da Praça da Alfândega (que, aos sábados, exibia uma verdadeira FAUNA que nós, entusiasmados, admirávamos!)
A própria Gen. Vitorino foi palco das torturas mensais (ou quinzenais!) do Dr. Reggiani, meu ortodontista sádico. Mas ir ao dentista sempre acabava do mesmo jeito: tomando café no bar do extinto Mauá da Salgado Filho! E lá eu me divertia com a clientela do bar, outra fauna.
Sem falar no Unificado da Alberto Bins, onde eu mais ouvia metal durante as aulas do que propriamente estudava. Impossível escutar as bandas daquela época sem lembrar das aulas, dos colegas e das eventuais escapadas pra visitar aquela extinta loja de cds de rock que ficava na galeria da Independência (apesar da boa memória, o nome da tal loja me escapa... acho que era com "M").
Enfim, o Centro me traz lembranças, quer eu queira, quer não. Num futuro próximo, talvez os temakis da Japesca entrem pra essa lista :\ acho que vou ter que arranjar um fonoaudiólogo em outro bairro :(