Nesses últimos dias, a UFRGS realizou a encomenda e os ajustes de matrícula e deu início ao período letivo 2013/1. Pra quem só trabalha ou faz pós-graduação, isso não significa nada, mas praqueles amarrados à graduação como eu representa o início de mais um longo semestre.
Eu gosto de estudar. Se eu não gostasse, por que raios eu estaria há oito anos na faculdade? Me formar em um curso não foi suficiente e lá fui eu fazer mais um... o problema é que Direito é chato. Que me perdoem os que gostam (e que bom que tem gente que gosta!), mas eu tenho achado enfadonho do início ao fim .-. Dizem que vai melhorar, que vai ser útil, que se eu largar eu vou me arrepender... e eu vou acreditando. Vai que melhora, né? Vai que, no futuro, eu uso pra alguma coisa? Só que nessas de "vai que", lá vou eu, perdendo tempo, perdendo horas de sono e deixando de estudar outras coisas. Sim, faculdade é um sacrifício: abre-se mão de muito pra chegar no tal diploma. E, sim, no meu caso, eu me vejo perseguindo um cobiçado diploma de "bacharela em Ciências Jurídicas e Sociais". A princípio, não me vejo trocando a biologia pela magistratura ou pela advocacia. Por outro lado, me aterroriza a ideia de um futuro onde eu me arrependa por não ter concluído quando eu tive a oportunidade.
Se fosse só pelo prazer, eu estudaria letras, museologia, estatística... sem a menor pretensão de me formar de novo, fazendo as disciplinas que me interessam, sem cobrança e no meu ritmo. Mas existe um força racional que me puxa pra terminar essa naba desse curso. Essa força é em parte social e se manifesta nas opiniões e argumentos das pessoas que me cercam, mas em parte é autoimposta. Eu já abandonei outro curso no passado e me cobro demais pra não fazer isso de novo... além do que, tanta gente querendo fazer Direito daí eu vou lá, passo, faço um ano e largo. Percebo que, além da pretensa utilidade, a culpa também exerce um papel na minha manutenção no curso.
Seja como for, lá vou eu pra mais um semestre, com muito mais dúvidas do que certezas na minha cabeça, e prorrogando de novo a decisão de se vai ou racha.