Conquistas

Final de semestre é sempre igual: o pessoal ficando pendurado, passando de fininho nas disciplinas, fazendo tudo com "mais emoção" aos 48min do segundo tempo. E quando se trata do último semestre... bem, daí vem junto os TCCs e as seleções de mestrado.

Eu passei por tudo isso ano passado (apesar de não ter 'passado' no mestrado, hehehe). Agora, vejo meus amigos em suas "retas finais" e me lembro do que eu sentia. Felizmente, a maioria deles está encontrando um desfecho mais alegre do que o meu, encontrando seus nomes nas listas de aprovados. Esse ano eu não tentei, até porque meus planos são outros e envolvem deixar a pós-graduação pro futuro. Mas há um ano atrás eu travei essa batalha e sei que não é fácil, por isso dou meus parabéns àqueles que venceram :)

Aos que não tiveram a mesma sorte, não desanimem: a vida oferece muitas portas que nos levam a diferentes destinos. A pós-graduação é só um deles. Eu escolhi o serviço público. Escolham outra porta, sigam em frente e sejam felizes.

Das coisas que me incomodam parte III

Já que o último post foi muito "radical" e os ânimos se alteraram, um post pra descontrair e, é claro, continuar reclamando. Mas com isso todos vão concordar.

Quem nunca esteve numa festa, num restaurante, num passeio e pediu pra alguém tirar uma foto? Clássico né, pode ser o garçom, o cara da mesa ao lado ou até mesmo outro turista visitando o mesmo local que tu. Daí ele pega a câmera, "clic" e... O que tem de errado nessa foto?

Além, é claro, de ser um desenho tosco feito no Paint (eu tô sem mouse, deem um desconto), o teto e a parede são particularmente valorizados, em detrimento do resto do corpo das pessoas. Porra, é tão difícil assim enquadrar?? Na boa, eu não aceito uma foto assim, o cara corta as pernas das pessoas mas fotografa as lâmpadas, que gênio.

Procurem nas suas fotos, no facebook dos amigos, e verão: é uma prática comum. Será que só eu noto e só eu me importo?? Como é que a pessoa tira a foto assim, olha o resultado e não acha ruim? Eu tenho uma teoria: o "fotógrafo" centraliza o rosto das pessoas. Imbecil, né? Considerando que o nosso rosto fica na extremidade superior do nosso corpo, no momento em que ele é centralizado, o corpo fica pela metade e a "paisagem" acima da cabeça ganha espaço na foto. O resultado é esse atentado estético. E tem gente que imprime e põe num porta-retrato >.<

Das coisas que me incomodam parte II

Eu posso até não ser apaixonada por cachorro, mas simpatizo bastante com os vira-latas (principalmente os do Vale). Um dos meus pontos fracos é ver um bichinho sofrendo, com fome, com frio e sem um lar - dá vontade de levar todos pra casa. Infelizmente, isso não é possível e não seria a solução, pois sempre ia ter um bichinho desamparado - a velocidade com que os animais de rua se reproduzem é assustadora e o número de imbecis irresponsáveis que abandona é também alarmante.

Com tantos bichos nessa situação, eu juro que eu não entendo quem COMPRA animais. Pra mim, amizade não se compra - se a gente não faz isso com nossos amigos humanos, porque fazer com os de 4 patas? Além de cruel, é uma atitude burra, pois tu vai gastar dinheiro com uma coisa que tu poderia ter de graça (há milhares de animais esperando por um amigo-humano e 90% deles vão morrer sem encontrar).

Os entusiastas do pedrigree dirão "ah, mas eu quero um yorkshire!" ou "um dálmata", whatever. Isso é preconceito e na nossa espécie chamamos de racismo (já pensou se eu disser que quero um funcionário sangue-puro e mestiços não servem?). Em geral, as pessoas defendem seu prediletismo por raças porque querem um cachorro/gato bonito. OI? Tu quer um amigo ou um item de decoração? Quer um bicho bonito pra quê? Pra mostrar pras amigas e deixar tua vizinha com inveja? Quer comprar uma coisa bonita, investe teu $ numa obra de arte e pendura na parede.

Quer ter um bichinho? Adote um animal de rua. Não pode? Informe-se sobre a ONGs que trabalham em prol deles, aqui em Porto Alegre tem diversas, ajude sendo voluntário, doando qualquer valor pra contrubuir com a castração, alimentação e vacinação desses animais. Não finja que o problema não é seu, não vire as costas. E, principalmente, pense neles antes de gastar R$500 com um filhote de poodle.

Das coisas que me incomodam parte I

Que eu sou uma alma revoltada e ainda vou infartar por isso, não restam dúvidas. Mas hoje resolvi compartilhar uma das minhas muitas inquietações diárias que, apesar de não me tirar do sério, me encafifa (e 99% do resto das pessoas nunca percebeu ou simplesmente percebeu e não deu a mínima).

Eu pego o D43 todos os dias, pra ir e pra voltar do trabalho. Pra quem não sabe, é uma linha que vive cheia e, no horários de pico, transborda de tanta gente. Ora, quem anda de D43 sabe disso e considera uma dádiva conseguir um lugar pra sentar - em geral, mais da metade dos passageiros vai em pé.

Sabendo disso, ao embarcar no D43 tu sabe que, caso tu consiga sentar, tu vai viajar com alguém do teu lado, certo? No momento que tu entra no D43 tu já aceita isso, alguém vai sentar do teu lado - talvez um gordo, uma grávida ou um cara com uma mochila gigante indo pra rodoviária. Tu não tem escolha. Ou será que tem?

Tem sim. Tu pode te sentar num banco cujo vizinho já esteja preenchido. Assim, tu escolhe um vizinho "normal", que não cheire a chulé e/ou não esteja com o celular tocando funk. Mas as pessoas não fazem isso: mesmo sabendo que inevitavelmente alguém vai sentar do seu lado, quem entra antes no ônibus invariavelmente escolhe um banco com os dois assentos vazios. HELLO? Tu realmente acha que tu vai a viagem toda com esse espacinho aí do teu lado? Tomara que uma mãe com uma criança ranhenta no colo sente do teu lado, imbecil.

Ao escolher um banco "livre" ao invés de sentar num já "acompanhado" tu contribui para que casais e pessoas em grupo sentem-se separados (não é legal quando acontece contigo, né?) e, pra continuarem conversando, muitas vezes eles gritam. Parabéns, tudo isso pra que você tivesse seu banco vizinho vazio... ops, ele acabou sendo ocupado ¬¬

Resumindo: quando tu embarcar num ônibus que inevitavelmente vai lotar, te senta ao lado de alguém. Assim tu deixa os bancos duplos disponíveis aos passageiros com companhia e ainda "escolhe" teu vizinho, evitando desconfortos oriundos do acaso ^.^