Conversando com a Monica essa semana, chegamos à conclusão de que sofremos de um mal parecido e batizamos ele de "amigo ecótono". Vamos ver se mais alguém se identifica...
Pra quem não sabe o que é 'ecótono', taca no google! é o nome técnico dado às áreas de transição ecológica que fazem 'fronteira' com diferentes comunidades. Ora, um amigo ecótono é assim também, um cara que não pertence apenas a uma comunidade, não é exclusivo de uma turma, e muitas vezes ele é o 'link' entre dois (ou mais) grupinhos diferentes. Bacana, né?
Nem sempre. Nós, ecótonos, nos damos bem com todo mundo, mas nunca nos enraizamos o suficiente em nenhum grupo - justamente por tentar fazer parte de todos! Assim, os membros de cada grupinho estreitam laços entre si muito mais fortes do que conosco e acaba que a gente é amigo de todos, mas nunca somos 'melhores amigos' de ninguém. É curioso. E não acontece só comigo, a Monica é vítima da sua própria 'popularidade' (não confundir com aquela popularidade escrota das líderes de torcida dos filmes americanos).
Essa semana eu quis marcar um boliche com o pessoal DA BIO (ou seja, não inclui gente de fora, no máximo uns periféricos...) e já deu uns 30 convidados! Por que eu sou ultra mega amiga de todos? Não, mas de maneira geral acho que todos são meus amigos e não sei limitar a coisa a "grupinhos". Sei lá, pra mim lugar de panelinha é na cozinha.
Sou melhor amigo de alguns, mas faço parte de diversos grupos... nos quais circulo por vezes sem incorporar os sinais identificatórios do grupo. Tendo lido recentemente alguns artigos e parte de livros de Judith Rich Harris, desconfio de que muito cedo (ainda nas séries iniciais do então primeiro grau) assumi o papel de "esquisito" o qual, paradoxalmente, me serve como um coringa em qualquer grupo.
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